Cris Teper

Sou Bióloga Marinha, especialista em Educação Ambiental, Planejamento Ambiental, e consultora sênior em Aquicultura, Assessora da ALMARJ ( Associação de Maricultores de Jurujuba). Trabalho nesta área desde 1989 e durante todos estes anos tenho me preocupado com a qualidade do meio ambiente e como o lixo é depositado nele. Paralelamente comecei ha 15 anos juntar lixo nas ruas e principalmente nas prais para que pudesse servir para uma transformação artística e desta forma chamar a atenção das pessoas. Inicialmente comecei a trabalhar com mosaicos tradicionais em peças com um forte apelo para a natureza. Estas peças fazem parte do meu acervo pessoal. As constantes idas às praias, por causa do meu trabalho em projetos de valorização ambiental, me fizeram pensar na possibilidade de utilizar tampinhas plásticas, primeiramente como forma de retirá-las do ambiente e em segundo lugar, mostrando que o lixo pode ser transformado em arte. Estas ações positivas são extremamente importantes pois nos levam a refletir sobre o descarte inadequado do lixo. No fim do ano de 2020 fiz contato com a Paróquia São Sebastião de Itaipu que autorizou a elaboração de um painel feito com tampinhas plásticas no muro localizado na Estrada Francisco da Cruz Nunes 8429 -Itaipu, Niterói/RJ. Esta realização firma uma parceria feita com a REDE CULTURAL RO – AeR de forma a contribuir com a regionalização das políticas públicas culturais da cidade de Niterói, no desenvolvimento de ações inclusivas e sustentáveis. Em janeiro de 2021, fiz os primeiros contatos com lojas q pudessem servir de pontos de coleta com uma impressionante adesão das pessoas. Como forma de homenagear o ambiente Marinho decidimos retratar uma tartaruga marinha, tão comum na praia de Itaipu. Este mural, o primeiro feito em tampinhas plásticas da cidade de Niterói, fará parte do corredor permanente artístico-cultural da nossa cidade. Decidimos dar início ao mural no dia 5 de junho de 2021, dia mundial do Meio Ambiente. Em 10 de agosto do mesmo ano foi finalizado. Dando continuidade a este trabalho das tampinhas, decidi fazer, no mesmo muro, um filhote de baleia Jubarte em tamanho natural, como homenagem a este magnífico mamífero que passa pelo Brasil nas suas rotas migratórias. Além deste trabalho artístico, participo dos Coletivos Culturais locais como ativista em defesa do patrimônio cultural, ambiental e social da Região Oceânica de Niterói. Neste sentido fiz parte de várias ações de intervenção cultural, das quais destaco: o Sábado Cultural Comunitário no MAI – Museu de Arqueologia de Itaipu (2018), o ACESSE ITAIPU na Praça e Praia de Itaipu (2018), o Showstício de Verão na Lagoa de Itaipu (2019), o Festival de Verão da BEM – Biblioteca Engenho do Mato (2018), Oficinas Artísticas “Vem pra Roda” no Espaço Lagoas (2019).